Entre 2025 e 2026, o Brasil receberá uma das maiores ondas de lançamentos de marcas automotivas chinesas da história. Denza, Leapmotor, Changan, MG Motor, Jetour, Polestar e Lynk & Co anunciaram planos de entrada no país com foco em veículos elétricos, híbridos e conectados, consolidando a estratégia global da China de dominar o mercado de mobilidade eletrificada.
Essas novas marcas chegam com um posicionamento voltado ao segmento premium, combinando tecnologia de ponta, design sofisticado e desempenho elevado. O movimento reforça o crescente protagonismo da China na transição energética da indústria automotiva global.
Marcas que chegam para transformar o mercado
A Denza, divisão de luxo da BYD, lidera a investida com foco em veículos 100% elétricos. A marca planeja estrear no país com o SUV Denza B5 e o sedan Z9 GT, combinando elegância e potência.
A Leapmotor, em parceria com o grupo Stellantis — responsável por marcas como Fiat, Jeep e Peugeot —, apresentará os modelos C10 e B10, ambos elétricos ou híbridos plug-in, simbolizando a fusão entre a inovação chinesa e a infraestrutura global do conglomerado.
Já a tradicional Changan ingressa no Brasil em colaboração com a Caoa, que também representa a Chery no país. Seu foco será o público de SUVs urbanos e de aventura, com destaque para os modelos Uni-T e CS75, reconhecidos pelo design imponente e tecnologia híbrida.
A MG Motor, pertencente à SAIC Motor, retorna ao mercado brasileiro após dez anos com operação própria e um portfólio 100% elétrico.
Além disso, a Jetour, ligada ao grupo Chery, promete disputar espaço no segmento de SUVs de luxo híbridos plug-in, competindo diretamente com marcas tradicionais como Land Rover e Jeep.
Próxima etapa: luxo e conectividade
Para 2026, duas estreias estratégicas já estão confirmadas. A Polestar, marca de alta performance do Geely Auto Group — o mesmo grupo controlador da Volvo e da Zeekr —, deve chegar com veículos de alto desempenho elétrico e estética minimalista.
A Lynk & Co, também do grupo Geely, aposta em veículos conectados e modelos baseados em assinaturas digitais, voltados a um público urbano e tecnológico.
Brasil como novo polo da mobilidade elétrica
Com um mercado consumidor em expansão e crescente interesse por tecnologias limpas, o Brasil desponta como destino natural para essa nova fase da indústria automotiva chinesa.
Especialistas apontam que o país poderá se beneficiar da transferência de tecnologia, da criação de empregos qualificados e do fortalecimento da cadeia de fornecimento local — consolidando-se como hub estratégico para veículos elétricos na América Latina.