Nova decisão na Argentina derruba 22 apps de streaming ilegal usados no Brasil
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Nova decisão na Argentina derruba 22 apps de streaming ilegal usados no Brasil

A Justiça da Argentina determinou, no último domingo (30), o bloqueio de 22 aplicativos de streaming pirata, muitos deles amplamente utilizados no Brasil, como BTV, Red Play e Blue TV. A ação marca a segunda fase de uma operação regional contra plataformas ilegais de distribuição de conteúdo protegido por direitos autorais. No início de novembro, outros 14 serviços já haviam sido derrubados.

Segundo a Alianza, associação que combate a pirataria audiovisual na América Latina, mais de 2 milhões de usuários pagavam mensalidades para acessar essas plataformas, que operavam principalmente por meio de TV boxes e aparelhos de IPTV. Embora esses dispositivos sejam permitidos no Brasil, é obrigatório que sejam certificados pela Anatel.

Com a derrubada, consumidores recorreram ao ReclameAqui para registrar queixas sobre a interrupção dos serviços, apesar de se tratarem de plataformas irregulares. O Procon-SP reforçou que usuários que contratam serviços ilegais abdicarão de seus direitos de consumo, uma vez que as empresas responsáveis muitas vezes não são registradas formalmente.

Essa decisão não está relacionada à Operação 404, conduzida no Brasil e que, na última semana, bloqueou 535 sites e 1 aplicativo de streaming pirata. As ações na Argentina decorrem de investigação iniciada em 2024, impulsionada por denúncias apresentadas pela Alianza ao Ministério Público Fiscal de Buenos Aires.

Manual de Marcas recebe novas orientações sobre distintividade adquirida e oposição
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Manual de Marcas recebe novas orientações sobre distintividade adquirida e oposição

O INPI publicou, em 28 de novembro de 2025, uma nova atualização do Manual de Marcas, trazendo orientações importantes sobre distintividade adquirida e sobre a modalidade de oposição com restrição de alegações, fundamentada no art. 124, XIX, da Lei da Propriedade Industrial (LPI).

As mudanças estão alinhadas à Portaria INPI/PR nº 15/2025, que estabeleceu o conceito de distintividade adquirida, bem como os procedimentos, prazos e documentos necessários para o requerimento de análise pelo Instituto. As diretrizes foram amplamente debatidas durante a Consulta Pública realizada entre 2024 e 2025, cujas respostas já estão disponíveis no site do INPI.

A atualização também inclui orientações sobre o serviço “Oposição com restrição de alegações por classe” (código 3022), criado pela Portaria INPI/PR nº 36/2025. A nova modalidade busca simplificar a etapa de oposição, trazendo mais agilidade ao processo e redução de custos aos usuários.

Essas entregas integram o Plano de Ação do INPI para 2025, relacionadas aos Projetos Estratégicos P1.15 – Oposição 2.0 e P1.08 – Distintividade Adquirida e Marcas Não Tradicionais.

A lista completa das alterações está disponível na seção “Atualizações” do Manual de Marcas.

Anvisa autoriza Embrapa a iniciar pesquisas com cultivo de cannabis
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Anvisa autoriza Embrapa a iniciar pesquisas com cultivo de cannabis

A Anvisa concedeu uma autorização excepcional permitindo que a Embrapa realize pesquisas científicas com o cultivo de cannabis no Brasil. A permissão é restrita à pesquisa e não permite qualquer forma de comercialização.

Segundo a Embrapa, a medida possibilita a criação de uma base científica nacional sobre a planta, reduzindo a dependência de insumos importados e apoiando futuras decisões regulatórias. O avanço ocorre após a liberação de mais de R$ 13 milhões destinados a estudos com canabidiol (CBD).

O início das pesquisas depende de inspeção presencial da Anvisa e do cumprimento de requisitos rigorosos de segurança e controle. A agência acompanhará todo o processo, e nenhum produto resultante poderá ser comercializado; o material vegetal gerado só poderá ser enviado a instituições previamente autorizadas.

A Embrapa atuará em três frentes: conservação e caracterização de germoplasma, desenvolvimento de bases científicas para cannabis medicinal e pré-melhoramento de cânhamo para fibras e sementes.

Para a instituição, a autorização representa um passo importante diante do crescente interesse global pela cannabis e de seu potencial econômico, social e medicinal.

NR Sports, empresa do pai de Neymar, compra a marca Pelé por R$ 95 milhões
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NR Sports, empresa do pai de Neymar, compra a marca Pelé por R$ 95 milhões

A NR Sports, empresa de Neymar da Silva Santos Sr., pai do jogador Neymar Jr., adquiriu a marca Pelé. A informação foi divulgada pelo UOL, em reportagem de Pedro Lopes Guimar e Danilo Lavieri.

Segundo o portal, o acordo foi fechado por US$ 18 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 95 milhões na cotação atual. No entanto, o valor não foi confirmado oficialmente pelas partes envolvidas.

A negociação inclui os direitos de uso da marca Pelé em diferentes iniciativas, embora ainda não tenham sido divulgados pela NR Sports quais projetos poderão ser desenvolvidos após a aquisição.

Até o momento, nem os representantes de Pelé nem os familiares do ex-jogador se manifestaram publicamente sobre a transação.

STF e USP firmam acordo para fortalecer cooperação acadêmica e científica
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STF e USP firmam acordo para fortalecer cooperação acadêmica e científica

O Supremo Tribunal Federal (STF) e a Universidade de São Paulo (USP) firmaram, no dia 5 de novembro, um acordo de cooperação acadêmica voltado ao desenvolvimento conjunto de pesquisas, atividades científicas e culturais. A parceria, assinada pelo presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, e pelo reitor da USP, professor Carlos Gilberto Carlotti Júnior, reforça o compromisso das instituições com a produção e a disseminação do conhecimento em áreas de interesse comum.

Segundo o ministro Fachin, a iniciativa simboliza o reconhecimento da universidade pública como espaço essencial para a produção de conhecimento e a formação de pesquisadores comprometidos com a democracia, a transparência e a ciência jurídica brasileira. Ele destacou que a aproximação entre o Judiciário e a academia permitirá transformar dados e experiências do sistema de Justiça em pesquisa aplicada, contribuindo para decisões mais fundamentadas e políticas públicas mais eficazes.

O reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior ressaltou que a universidade pública cumpre plenamente sua função quando atua como vetor de desenvolvimento social e científico. De acordo com ele, a USP já mantém convênios voltados ao aprimoramento de políticas públicas, e a nova parceria com o STF e o CNJ reforça esse compromisso.

Principais compromissos

O acordo, com vigência de cinco anos, prevê a elaboração conjunta de projetos de pesquisa, a organização de eventos científicos e culturais, o intercâmbio de informações e publicações acadêmicas, além da promoção da mobilidade de docentes, doutorandos e pesquisadores de pós-doutorado. A cooperação busca aproximar o Poder Judiciário do meio universitário, aprimorando as práticas jurídicas e fortalecendo o diálogo entre teoria e aplicação do Direito.

O acordo também define diretrizes sobre propriedade intelectual, confidencialidade e proteção de dados pessoais, garantindo o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As publicações resultantes das pesquisas serão divulgadas em conjunto.

A cerimônia contou com a presença dos ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cristiano Zanin.

Piauí lidera delegação brasileira no Web Summit Lisboa 2025
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Piauí lidera delegação brasileira no Web Summit Lisboa 2025

O Web Summit 2025, um dos maiores e mais influentes eventos de tecnologia e inovação do mundo, está em andamento em Lisboa e reúne líderes globais, investidores e startups de mais de 160 países para discutir o futuro da economia digital, sustentabilidade, inteligência artificial e novas fronteiras do empreendedorismo. O evento ocorre de 10 a 13 de novembro.

O Piauí se destaca nesta edição com a maior delegação brasileira do evento — formada por mais de 100 empresários e empreendedores e 34 startups piauienses, sendo 18 pela Startup Piauí e 16 pelo Sebrae. A presença expressiva é resultado de uma articulação liderada pela Investe Piauí, em parceria com o Piauí Instituto de Tecnologia (PIT) e o Sebrae, que garantiu agendas estratégicas com investidores e representantes do ecossistema europeu de inovação.

Segundo o presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida, o estado chegou ao Web Summit preparado para mostrar ao mundo sua força criativa e tecnológica:

“O Piauí chega com a maior delegação brasileira. São mais de 100 empreendedores com o apoio da Investe Piauí, do PIT e do Sebrae, com uma programação sólida de conhecimento e conexões com o mercado global”, destacou.

Ele acrescenta que o evento é uma oportunidade de consolidar o estado como um polo nacional de inovação:

“O Piauí tem um grande estande no Web Summit para se apresentar ao mundo. Queremos mostrar que aqui fazemos inovação de ponta e que estamos prontos para atrair grandes empresas de tecnologia e gerar oportunidades que transformem o futuro do nosso estado.”

A delegação piauiense participa de painéis, rodadas de negócios e missões técnicas em centros de inovação de Portugal, fortalecendo a internacionalização do ecossistema de startups e tecnologia do estado.

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Governo Federal inicia tradução da Constituição Federal para línguas indígenas mais faladas no Brasil

Entre setembro e outubro de 2025, a Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR) acompanhou as primeiras entregas das traduções da Constituição Federal de 1988 para as línguas indígenas mais faladas no Brasil — Tikuna, Kaiowá e Kaingang.

A ação integra o Programa Língua Indígena Viva no Direito, parceria entre a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), executado pelo Instituto de Direito Global (IDGlobal) em cooperação com organizações da sociedade civil de cada território.

Além da tradução da Constituição, o programa também prevê a adaptação para as línguas indígenas da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Durante as cerimônias de entrega e validação das primeiras traduções, representantes do governo federal, lideranças indígenas, tradutores tradicionais e pesquisadores participaram de eventos realizados em comunidades do Rio Grande do Sul, Amazonas e Mato Grosso do Sul.

A secretária nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas, Kenarik Boujikian, destacou o caráter simbólico e histórico da iniciativa:

“A Constituição Federal de 1988 é um compromisso ético de projeto de país. Traduzir o texto constitucional para as línguas indígenas é um gesto de respeito e inclusão, garantindo acesso digno e participação social plena dos povos originários na democracia brasileira.”

A representante do MPI, Altaci Kokama, lembrou que a iniciativa ocorre durante a Década Internacional das Línguas Indígenas (2022–2032), instituída pela ONU para promover a preservação e valorização das línguas originárias.

Atualmente, o Brasil abriga mais de 390 etnias indígenas, segundo dados do IBGE, o que reforça a importância de ações que ampliem o acesso à informação e à cidadania em múltiplas línguas.

A tradução da Constituição Federal representa um avanço inédito em inclusão linguística e jurídica, fortalecendo o papel das línguas indígenas como parte do patrimônio cultural e intelectual do país.

INPI concede registro de Indicação Geográfica para ostras do Paraná
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INPI concede registro de Indicação Geográfica para ostra do Paraná

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu o registro de Indicação Geográfica (IG) para as ostras de Cabaraquara, produzidas na região litorânea de Guaratuba, no estado do Paraná. O produto se tornou o segundo fruto do mar brasileiro a obter o selo — até então, apenas o camarão da Costa Negra, do Ceará, possuía o reconhecimento.

Expansão do mapa das IGs brasileiras

Embora o Brasil já contabilize 145 registros de Indicação Geográfica, a maioria ainda está concentrada em produtos tradicionalmente associados à identidade nacional, como cafés e queijos. O reconhecimento das ostras de Cabaraquara reforça o potencial dos produtos marinhos e da aquicultura para alcançar destaque semelhante, promovendo o desenvolvimento regional e a produção sustentável.

Segundo o INPI, as ostras da região apresentam sabor leve e adocicado, resultado das características ambientais locais. O selo também fortalece a aquicultura familiar de baixo impacto ambiental, conduzida por uma comunidade que atua no setor desde a década de 1990 e hoje reúne diferentes gerações de produtores.

Valorização local e impacto econômico

Com o reconhecimento, a expectativa é de que o selo impulsione a visibilidade e a economia de Guaratuba. “A indicação tem a condição de ampliar a visibilidade do município como um todo”, afirmou Catiane Santos, consultora de negócios do Sebrae/PR, instituição que apoiou o processo de obtenção do registro.

O caso se soma a outros exemplos emblemáticos de IGs brasileiras, como o Queijo da Canastra (MG), os vinhos do Vale dos Vinhedos (RS) e o Capim Dourado do Jalapão (TO) — demonstrações de como as Indicações Geográficas promovem autenticidade, valorização cultural e sustentabilidade.

O que é uma Indicação Geográfica

A Indicação Geográfica (IG) é um selo oficial que identifica produtos ou serviços originários de uma região específica, cujas qualidades, reputação ou características estão diretamente ligadas àquele local. O registro assegura autenticidade e proteção contra imitações, garantindo ao consumidor a procedência e a qualidade diferenciada do produto.

O selo concedido às ostras de Cabaraquara corresponde à categoria de Indicação de Procedência (IP) — utilizada para reconhecer regiões amplamente conhecidas pela excelência em sua produção.

Inovação verde e patentes: como indústrias brasileiras transformam ESG em lucro
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Inovação verde e patentes: como indústrias brasileiras transformam ESG em lucro

No Brasil, a transição para uma economia de baixo carbono tem impulsionado uma “corrida por patentes verdes”: soluções de energia limpa, economia circular, materiais recicláveis e novas plataformas tecnológicas ganharam força, e aparecem cada vez mais em pedidos de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Patentes como vantagem competitiva
Empresas como Electrolux Group, Randoncorp e Siemens Brasil mostram que os investimentos em P&D e registro de patentes verdes não são apenas custos de conformidade ou obrigações ESG — são impulsionadores de lucro e posicionamento estratégico.

Impacto para a proteção de propriedade intelectual
Para escritórios de PI, essa tendência significa uma oportunidade: o aumento dos pedidos de patentes verdes no Brasil exige rastreamento, estratégia de proteção internacional, parcerias tecnológicas e atenção à qualificação dos pedidos. O Brasil já concedeu mais de 1.097 patentes verdes de 2012 a 2024.

Desafios e próximos passos
Embora o cenário seja promissor, ainda existem barreiras: burocracia, financiamento reduzido para escala de P&D, e menor participação de micro e pequenas empresas no ecossistema de inovação.

A integração entre ESG, inovação tecnológica e proteção de PI no Brasil cria uma nova dinâmica — para quem atua com propriedade intelectual, entender essa interseção entre sustentabilidade e patentes verdes será cada vez mais importante.

Ao aderir ao Tratado de Budapeste, o Brasil se alinha às melhores práticas internacionais em propriedade intelectual
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Ao aderir ao Tratado de Budapeste, o Brasil se alinha às melhores práticas internacionais em propriedade intelectual

A adesão do Brasil ao Tratado de Budapeste, por meio do Decreto Legislativo nº 174/2025, marca um passo significativo na modernização do sistema nacional de patentes — especialmente no campo da biotecnologia.

Firmado em 1977 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o tratado estabelece o reconhecimento internacional do depósito de microrganismos para fins de patente, simplificando um dos processos mais complexos da área.

Redução de barreiras técnicas e custos operacionais

Com o reconhecimento mútuo dos depósitos realizados em Autoridades Depositárias Internacionais (IDAs), os inventores brasileiros passam a ter menos burocracia e maior previsibilidade na proteção de suas invenções.

O país elimina a necessidade de múltiplos depósitos em diferentes jurisdições, reduzindo custos logísticos e administrativos e ampliando o acesso ao sistema internacional de patentes.

Novas oportunidades para pesquisa e inovação

A adesão também abre espaço para o credenciamento de instituições nacionais como IDAs, como o Cenargen/Embrapa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — um avanço que pode gerar novas oportunidades de prestação de serviços, internacionalização da pesquisa e fortalecimento da bioeconomia brasileira.

Impactos jurídicos e estratégicos

Do ponto de vista jurídico, o tratado reforça a segurança das patentes brasileiras e facilita sua defesa em outros países, aproximando o Brasil das melhores práticas internacionais.

Além disso, o reconhecimento internacional do depósito biológico impulsiona a confiança de investidores e estimula a inovação, posicionando o país de forma mais competitiva no cenário global.

A adesão do Brasil ao Tratado de Budapeste representa um avanço jurídico, científico e econômico, com benefícios diretos para empresas, universidades e centros de pesquisa.

Ao modernizar o sistema de patentes e alinhar-se a padrões internacionais, o país fortalece suas bases para o crescimento sustentável da biotecnologia e da propriedade intelectual.

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